A falta de mulheres na montagem da chapa de deputado estadual na coligação ‘Pra Frente Maranhão’ deve tirar todos os candidatos da coligação da disputa pela Assembleia Legislativa do Estado nas eleições deste ano. Formada por 18 partidos – PMDB, DEM, PTB, PV, PTdoB, PSC, PRTB, PR, PEN, PMN, PHS, PSD, PT, PRB, PSL, PRP, PSDC, PTN – a coligação deve ter o registro – ou diplomas – de todos os seus candidatos cassados pela Justiça Eleitoral por ter em seu quadro pelo menos três servidoras do Estado que não se desincompatibilizaram e continuam exercendo suas funções no Governo Roseana Sarney.
O atual7 apurou que a entrada das servidoras na disputa foi de iniciativa do presidente Estadual do PMDB e segundo suplente de senador na chapa do deputado Gastão Vieira, Remi Ribeiro – há indícios de participação da governadora Roseana Sarney, como forma de burlar à imposição legal de ter pelo menos 30% de candidatos do sexo feminino. Ao tomar conhecimento da jogada no último sábado (20), o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, soltou os cachorros pra cima de Remi, devido ao risco real de sua filha, Andre Murad, estar fora da disputa. A briga foi tão feia que levou Remi Ribeiro a sofrer infarto e ser internado às pressas para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
As servidoras usadas como ‘candidatas-laranja’ por Remi são a Assessora Especial da Casa Civil, Joana Marques; Camila Rodrigues Sampaio Nunes, Assessora Especial do Cerimonial do Governo do Estado; e Conceição Domingas Costa dos Santos, Chefe de Gabinete da Administração. Apesar de permanecerem lotadas nos cargos até hoje, todas tiveram suas candidaturas deferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, mas devem ter suas candidaturas cassadas pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
Para que se tenha uma ideia do rigor pelo cumprimento da Lei, há menos de um mês, por motivos semelhantes ao ocorrido no Maranhão, o TSE tirou a chance de 51 políticos do Goiás de se candidatarem nas eleições deste ano. Formada por seis partidos — PEN, PSL, PTC, PHS, PMN e PV — a coligação Unidos por Goiás teve o registro de todos os seus candidatos cassados pela Justiça Eleitoral por não obedecer à imposição legal de ter pelo menos 30% de candidatos do sexo feminino. Outro caso também foi registrado contra candidaturas no Estado do Mato Grosso.
Abaixo, o ATUAL7 traz os nomes e coligações proporcionais dos 43 candidatos favoritos na disputa – a maioria concorre à reeleição – que, juntamente com o restante da coligação ‘Pra Frente Maranhão’, devem estar fora das eleições de outubro próximo, devido a irregularidade nas três ‘candidaturas-laranjas’ criadas por Remi Ribeiro para cumprir a cota por sexo estabelecida pelo parágrafo 3º do artigo 10 da Lei das Eleições:
PMDB, DEM, PTB, PV, PTdoB, PSC, PRTB, PR
Afonso Manoel, Andrea Murad, Hélio Soares, Max Barros, Nina Melo, Roberto Costa, Socorro Waquim, Adriano Sarney, Hemetério Weba, Edilázio Júnior, Rigo Teles, Antonio Pereira, Cesar Pires, Manoel Ribeiro, Léo Cunha, Rogério Cafeteira, Fábio Braga, Carlos Filho, Stenio Rezende, Camilo Figueiredo, Josimar Cunha
PEN, PMN, PHS, PSD/ Jota Pinto, Sergio Vieira, Eduardo Braid, Priscila Sá, Carlinhos Florêncio
PT/ Francisca Primo, Zé Inácio, Américo, Fernando Silva
PRB/ Ana do Gás, Glaubert Cutrim, Dr. Pádua, Júnior Verde
PSL/ Graça Paz. Edson Araújo, Roma
PRP, PSDC, PTN/ Fábio Gentil, Marcos Caldas, Aristides Milhomem, Paulo Neto, Alexandre Almeida, Sousa Neto