O Globo - Renata Mariz e Maria Lima
Para atender ao lobby dos artistas e às críticas da ausência de mulheres no primeiro escalão do governo, o presidente interino Michel Temer decidiu criar uma Secretaria Nacional de Cultura ligada à Presidência da República e tem avaliado nomes femininos para ocupá-la. Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro ligada ao PMDB fluminense, é uma das cotadas para o cargo.
Extinto na quinta-feira, o Ministério da Cultura (MinC) foi aglutinado à pasta da Educação, sob o comando do ministro Mendonça Filho, da cota do DEM. Mas uma reação fortíssima da classe artística fez Temer recuar da junção das duas áreas, já formalizada em medida provisória.
Segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a nova secretaria não terá status de ministério, embora fique vinculada diretamente à Presidência. O ator Stepan Nercessian havia sido sondado para assumir a área, mas foi preterido pela necessidade do governo de mostrar uma Esplanada com representatividade feminina.
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