A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai recorrer no Supremo Tribunal Federal da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão em que os deputados aprovaram a admissibilidade do processo de Dilma Rousseff.
Por meio de nota, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, afirma que a instituição "vê com extrema preocupação" a decisão de Maranhão, capaz de interromper a votação do impeachment no Senado, que estava prevista para quarta-feira.
No texto, Lamachia diz que "esse tipo de ação atende a interesses momentâneos de alguns grupos políticos, mas ignora as decisões legítimas já tomadas". Ele lembra que "o Brasil está na UTI política, vivendo o ápice de uma crise ética e institucional".
A OAB já apresentou um pedido de impeachment de Dilma, que não foi apreciado pela Câmara. Lamachia chama de "vale-tudo" a decisão de Maranhão.
"A OAB não aceita que, neste momento em que a sociedade brasileira espera que a crise seja superada com respeito a Constituição Federal, coloque-se em prática um vale-tudo à margem da Carta", encerra.
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