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domingo, 9 de agosto de 2015

Dilma deveria ir a Bacabeira pedir desculpas pelo estelionato da refinaria

A presidente Dilma Rousseff teria um ato de grandeza se na sua visita a São Luís nesta segunda-feira (10) fosse até a cidade de Bacabeira (a 50 quilômetros da capital) se desculpar pelo engodo de 2010, repetido em 2014, de que construiria naquele município uma refinaria de petróleo da Petrobras (Premium I). 

Uma soma de cerca de R$ 1,5 bilhão, dinheiro que daria para solucionar muitos problemas enfrentados pela população maranhense, foi jogada no ralo do desperdício e a única coisa que gerou foi votos, e mais votos, para sua eleição e reeleição.

Em janeiro de 2010, ainda ministra chefe da Casa Civil, acompanhada do então presidente Lula, dos senadores José Sarney e Edison Lobão, que era seu ministro de Minas e Energia, Dilma participou do lançamento da pedra fundamental desta que seria a maior refinaria de petróleo da América Latina. Contrariando as previsões técnicas, a promessa seria de que o empreendimento ficaria pronto em 2014, porém as obras nunca passaram da terraplenagem. Apesar do iminente fracasso, na eleição do ano passado ainda ficou a promessa de que o projeto seria continuado, agora com parceria privada estrangeira, porém no início deste ano a Petrobras bateu o martelo e cancelou o projeto em definitivo.

Além de milhares de empregos prometidos e nunca cumpridos (de quem iria trabalhar na sua construção e na sua operacionalização), o naufrágio do projeto causou imensos prejuízos a quem, acreditando nas promessas da presidente, investiu em Bacabeira, em hotelaria, construções residenciais e comerciais, educação, saúde etc. O maio calote da história do Maranhão.

Na ida a Bacabeira, a presidente poderia se deparar com outro projeto que seu governo parece não ter condições de continuar: a duplicação da BR 135, cujas obras estão paralisadas, deixando o Campo de Perizes como um dos locais mais perigosos para se trafegar pela via rodoviária no Maranhão.
Apesar de tudo isto, a agenda se limitará à entrega de residência pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, que está devendo as construtoras contratadas para sua execução, e à inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), um empreendimento privado.

Da janela de sua aeronave, se tiver curiosidade de olhar, Dilma verá o estrago que causou ao Maranhão e aos maranhenses.

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