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quarta-feira, 23 de março de 2016

Dilma diz ter certeza de que tem votos suficientes contra impeachment

dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (23) ter certeza de que a base governista na Câmara conseguirá garantir os votos suficientes para que o processo de impeachment seja derrubado na Casa.

A petista também elogiou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki que determinou ao juiz Sergio Moro o encaminhamento de todas as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato para o STF.

A demonstração de convicção da presidente se dá em um momento em que o governo tenta evitar traições e faz cálculos para saber quantos deputados aliados podem permanecer ao lado do governo. Dilma precisa de pelo menos 172 votos contra o processo para derrubá-lo na Câmara.

"A gente tem que esperar o processo acontecer. Eu tenho convicção de que teremos votos necessários", afirmou, durante vistoria às obras de infraestrutura de solo para a operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, que deverá ser lançado no ano que vem.

Em relação à permanência do PMDB na aliança, Dilma afirmou que "todos estão bastante interessados na questão" e disse ter certeza de que "os ministros estão comprometidos com sua permanência no governo". O PMDB tem sete ministros na Esplanada.

Nesta terça (22), parte deles tentou convencer o vice-presidente da República Michel Temer, também presidente nacional do PMDB, a adiar a reunião do diretório do partido marcado para o próximo dia 29. A expectativa é que o partido possa tomar uma decisão pelo desembarque definitivo, o que minaria as chances de Dilma de finalizar o seu mandato. A ofensiva, no entanto, não surtiu efeito e Temer manteve a data inicial.

Questionada sobre se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escalado para fazer a articulação informal do governo, teria falhado em sua primeira missão junto ao PMDB, Dilma afirmou que isso são apenas "suposições" e disse que Lula não está tratando disso.

"Tem um certo tipo de disposição, eu diria, avaliações que não são só precipitadas como não são corretas. [...] Vamos ver quais serão as decisões do PMDB e respeitaremos tal decisão", disse.

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