Resumo da politica...

Governo faz exonerações para acomodar novos aliados - O Palácio do Planalto corre contra o tempo para ajustar os ponteiros do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Hoje, foi inaugurada rodada de exonerações para acomodar potenciais novos aliados e para colocar para fora da estrutura federal indicações do vice-presidente Michel Temer e de peemedebistas que apoiaram o rompimento do partido, na terça-feira (29), com o governo.

Indicado de Temer e do ministro demissionário Henrique Eduardo Alves, Antônio Alves de Souza foi exonerado do cargo de Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.

Dilma demitiu ainda o diretor-geral da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rogério Luiz Abdalla, e do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), Walter Gomes Sousa, ambos indicados por Temer. (por Gabriele Garcia)

Lula orienta Dilma a manter Saúde com PMDB - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já opera como um informal assessor especial da presidente Dilma Rousseff em Brasília desde ontem à tarde. Ele se encontrou com expoentes do PMDB, e numa conversa com Dilma a orientou a manter pelo menos o Ministério da Saúde com o partido, a despeito da debandada.

A pasta da Saúde pode estar garantida para o grupo do líder Leonardo Picciani, que pode entregar em plenário até 15 votos favoráveis à presidente no processo do impeachment. As outras pastas não estão garantidas para o PMDB. (por Leandro Mazzini)

Chefe da Força Nacional pede demissão - Ao pedir demissão do comando da Força Nacional de Segurança de Pública, o coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a seus subordinados com críticas ao governo federal e à presidente Dilma Rousseff.

"Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram", diz o texto do coronel. 

Impeachment não é golpe, é remédio institucional, afirma FHC - Em evento de lançamento do novo site do Instituto Teotônio Vilela, braço de articulação política do PSDB, foi exibido um vídeo no qual FHC rebate os argumentos do PT e do governo e diz que o impeachment não é golpe, mas um "remédio constitucional".

"Diante da incapacidade do governo de governar, de flagrantes abusos que ferem a nossa Constituição praticados reiteradamente por aqueles que detêm o poder, infelizmente, não resta outro caminho se não marcharmos para o impeachment. Não tem nada a ver com golpe, é um remédio constitucional", diz o tucano. (por Renato Araujo)