Cunha prepara para 'emparedar' governo em votação do impeachment - Adversários declarados, o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passaram os últimos dias montando estratégias para o dia crucial da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, possivelmente em meados de abril.
Diante da possível manobra de deputados pró-Dilma Rousseff de faltarem à sessão -a ausência é benéfica ao Planalto, já que é preciso pelo menos 342 dos 513 votos para que o pedido seja remetido ao Senado-, Cunha já definiu um contra-ataque, segundo aliados.
A intenção do peemedebista é fazer sucessivas chamadas nominais dos faltosos, com a leitura do nome, partido e Estado do parlamentar, como forma de deixar clara a manobra de eventuais "fujões".
Aécio diz que Temer vai fracassar se errar ao distribuir ministérios - Principal porta-voz da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz acreditar que um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) só será bem-sucedido se não forem repetidas práticas que ele critica como "equivocadas" da gestão Dilma Rousseff, como o "loteamento" de cargos em órgãos públicos e empresas estatais.
"Se o Temer cometer o equívoco, e espero que não cometa, de repetir esse modus operandi de distribuir ministérios para formar o governo, ele vai fracassar", afirmou Aécio em conversa com um pequeno grupo de jornalistas nesta quarta-feira, em Lisboa.
"Nós estamos dispostos a nos envolver, pela emergência da crise, e eu estive com o vice-presidente há menos de duas semanas e disse isso a ele. Mas a nossa conversa não é em torno de cargo, é em torno de um projeto", afirmou o senador, que também é presidente do PSDB.Segundo o tucano, seu partido se afastará de um eventual governo de transição caso perceba um movimento na direção da distribuição de cargos.
- Que processo é esse? É um processo golpista - afirmou Dilma, que ressaltou por várias vezes que o país não está em um sistema parlamentarista, no qual há a figura do primeiro-ministro, eleito por voto proporcional, em vez do majoritário.
- Não existe essa conversa: "Não gosto do governo, então ele cai". Não existe isso. Existe no parlamentarismo. Não gosto do primeiro-ministro, derruba o gabinete. Está previsto - disse a presidente, e completou em outro momento: - Impeachment sem crime de responsabilidade é o quê? É golpe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário