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quinta-feira, 10 de março de 2016

Ministério Público de SP pede prisão preventiva de Lula

O Ministério Público do Estado de São Paulo pede a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A promotoria também pediu a prisão preventiva de mais quatro pessoas envolvidas no caso: o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, e outros dois investigados do caso Bancoop.

A acusação ao ex-presidente é de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes que, como prevê a lei, podem render de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. 

O caso será analisado pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Ainda não há um dia certo para a Justiça decidir sobre o caso. Até as 17h20 a reportagem não conseguiu apurar por que os promotores querem prender o ex-presidente. O pedido corre sob segredo de Justiça em São Paulo.

Nesta quinta (10), em entrevista coletiva no Ministério Público de São Paulo, os promotores negaram que a investigação tenha motivação política. "O nosso calendário é judicial, pouco importando se este ou aquele procedimento tenha repercussão política", disse José Carlos Blat, que tocou a apuração junto com os outros dois promotores.

Segundo Blat, a apuração é uma continuidade de um caso da Bancoop que ele toca desde 2010 e está em fase final de julgamento. Um dos réus do primeiro caso é o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em Curitiba sob acusação de intermediar propinas para o PT em contratos da Petrobras.

O tríplex do Guarujá começou a ser construído em 2004, quando Marisa Letícia comprou uma das unidades, não o tríplex que está sob investigação.

Em 2009, quando a Bancoop quebrou e a OAS assumiu a construção do prédio, a empreiteira teria preparado o apartamento tríplex para a família de Lula, mas o imóvel nunca foi transferido para o nome do ex-presidente.

O Instituto Lula alega que a família visitou o tríplex na praia de Astúrias, mas desistiu do imóvel por considerar que a família não teria privacidade para desfrutar da praia.

O aviso de que Marisa desistira do imóvel foi feito no final do ano passado, quando o imóvel já estava sob investigação em duas frentes: pelo Ministério Público de São Paulo e pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, de Curitiba.

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